Grandes armas de ataque podem surpreender

O Kansas City Chiefs estará novamente no próximo Sunday Night Football recebendo o Cincinnati Bengals no Arrowhead Stadium, em Kansas City.

Ambos os times estão vindo de derrotas na semana 6. Os Bengals vão para o jogo após perder, em casa, na semana passada, por um decepcionante 28-21 contra os Steelers. Contra Pittsburgh, Cincinnati parecia estar a caminho de sua quarta vitória, no entanto, faltando apenas 1 minuto e 18 segundos de relógio, o QB dos Steelers, Ben Roethlisberger, conduziu sua equipe para registrar um TD fatal contra a equipe de Cincinnati.

No entanto, os Chiefs também estão saindo de uma perda decepcionante e também de última hora, perdendo sua invencibilidade para os Patriots por 43-40 e tendo que acompanhar seu adversário correr 65 jardas em sete jogadas nos últimos três minutos de jogo para chutar um FG vencedor de 28 jardas nos segundos finais do confronto.

Podemos afirmar que o Kansas City Chiefs está com um ataque que dispensa apresentações. O segundo-anista, QB Patrick Mahomes está conduzindo a equipe com maestria, fazendo ótimas leituras, tomando boas decisões e lançando bolas com precisão e força incríveis. Que braço tem esse garoto! E, apesar da equipe ter perdido sua invencibilidade para o New England, é nítido que temos um grande talento surgindo na NFL.

Com recebedores sólidos e confiáveis a sua disposição, como Tyrek Hill, Travis Kelce e Sammy Watkins, e Kareem Hunt demandando tanta atenção no jogo terrestre, Mahomes dispõe de muitas armas que podem ser utilizadas de diversas maneiras diferentes, dificultando a marcação da defesa adversária e conseguindo ótimas big plays.

O ataque é hoje o melhor em pontos, o 5º melhor em jardas totais. No jogo aéreo, é o 7º melhor em jardas e o 11º no jogo terrestre. Mahomes lidera a liga em touchdowns e é o 4º QB com o melhor rating da liga, dentre os que participaram de todas a partidas até agora.

Com a mente brilhante do HC Andy Reid por trás, as melhores características e todo o talento de Mahomes estão sendo explorados em sua totalidade. A OL vem fazendo um excelente trabalho, sendo a melhor da liga neste momento e cedendo apenas 1 sack por jogo. Novamente, podemos dar uma parte desse mérito a Mahomes que, além de tudo o que já foi falado, consegue ter uma ótima mobilidade no pocket e ter sucesso no scramble, diminuindo assim as chances de ser sacado.

O maior problema de Kansas, até agora, é sua defesa, que, desde o começo da temporada, não apresentou melhoras significativas. São apenas a 27ª melhor equipe em pontos cedidos, sendo a secundária seu pior setor e a 2ª pior equipe na proteção contra o passe. No jogo terrestre, o front seven da equipe também não é muito melhor, são apenas a 27ª melhor equipe nesse quesito. Além disso, o time tem cometido muitas faltas, sendo a 3ª pior equipe quando se trata em conceder jardas de graça para outra equipe. Tudo isso pode estar agravado visto que a defesa apresenta alguns desfalques importantes, como os edge rushers Justin Houston e Tanoh Kpassagnon, bem como os safeties Eric Berry.

Daniel Sorensen, Eric Murray e Armani Watts. Tanoh e Murray ao que tudo indica, voltaram a treinar e podem ser uma esperança para melhorar a defesa.

Com um retrospecto de 4-2, os Bengals estão tendo seu melhor início de temporada dos últimos 3 anos, apresentando melhoras significativas com relação a temporada passada.

O coordenador ofensivo, Bill Lazor, que assumiu a equipe na semana 2 da temporada de 2017, está conseguindo extrair o melhor do QB Andy Dalton, com passes rápidos, boas leituras e boas conexões com seus recebedores. A OL também teve melhoras importantes com a adição do LT Cordy Glenn e o rookie C Billy Price, que além de proteger Andy Dalton melhor (hoje são a 12ª melhor OL da liga, cedendo uma média de 2 sacks por jogos e 4 QB hits), permitiu que o jogo terrestre com RB Joe Mixon aparecesse. Nessa temporada, Mixon teve 7 tentativas e 46 jardas a mais do que seu ano de estreia, mesmo ficando fora de 2 jogos. O RB Giovani Bernard também teve uma boa performance até então, com 3 touchdowns. Com Mixon demandando atenção por terra, Andy Dalton tem tido mais tempo para conseguir aproveitar oportunidades pelo ar.

Os Bengals estão com o 6º melhor ataque da liga em pontos, mas apenas o 23º em jardas. O jogo aéreo tem tido mais sucesso: são o 16º melhor da liga, com 14 TDs, enquanto o jogo terrestre é apenas o 25º melhor, com 5 TDs. Vale ressaltar a eficiência do ataque que, em 75% das vezes que chegam a redzone, conseguem pontuar, sendo a melhor equipe nesse quesito. Pelo jogo aéreo, o WR Tyler Boyd vem sendo uma grande arma, juntamente com o veterano WR AJ Green, que, juntos possuem 70 recepções, 949 jardas e 9 TDs. O ataque está dependendo basicamente deles e de Joe Mixon, já que a equipe perdeu os dois TEs por lesão: Tyler Eifert e Tyler Kroft e agora contam apenas com CJ Uzomah que tem ajudado bastante em bloqueios e algumas recepções.

Além disso, Cincinnati tem feito um bom trabalho tomando conta da bola, não permitindo muitos turnovers contra, e conseguindo alguns importantes, em seu favor, em momentos cruciais das partidas. O turnover da equipe é 0, ou seja, perderam a bola na mesma quantidade de vezes que conseguiram retomar a posse da mesma.

Na defesa, apesar de não apresentarem números muito bons, sendo apenas a 23ª equipe em pontos cedidos, 28ª no jogo aéreo e 20ª no jogo terrestre, possuem grandes nomes como o Tackle Geno Atkins, que está tendo sua melhor temporada até agora e, junto com os DEs Carlos Dunlap e o novato Sam Hubbard são grandes forças da linha defensiva. Juntos possuem 11 sacks, sendo 6 apenas de Atkins. O LB Nick Vigil lidera a equipe em Tackles, e o free safety Jesse Bates vem fazendo a diferença na cobertura em profundidade, com sua grande habilidade de leitura e reação às jogadas.

Por isso, como dito anteriormente, apesar de não estarem apresentando os melhores números de defesa, os Bengals estão aparecendo em momentos cruciais das partidas, conseguindo turnovers importantes e equilibrando as partidas em momentos que o ataque não está conseguindo ser tão efetivo. 

Nessa semana, o HC dos Bengals, Marvin Lewis, foi perguntado sobre o que mais o preocupa no confronto contra os Chiefs e ele disse: “Tudo!” É claro que a declaração foi precisamente dada para jogar toda a pressão da vitória na equipe de Kansas City, mas, com certeza, a partida será o maior desafio de Cincinnati em 2018. Os Chiefs irão vir com tudo para provar que a derrota da semana passada não passou de um mero deslize e os Bengals terão a grande oportunidade para mostrar ao mundo que sua equipe é de verdade.

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